Vamos conversar sobre De cada quinhentos uma alma, de Ana Paula Maia, publicado pela Editora Companhia das Letras e que foi uma grata surpresa essa leitura para mim.
Edgar Wilson trabalha recolhendo animais mortos. Ele é responsável por levar as carcaças até um grande depósito onde um triturador dizima os despojos. Contudo, quando o país entra em colapso e começa a enfrentar situações cada vez mais inusitadas, ele acaba usando seu conhecimento para tentar dar sentido ao caos e encontrar uma forma de sobreviver à barbárie.
Ao juntar-se a Bronco Gil e ao ex-padre Tomás, os três anti-heróis passam a rodar pelas estradas testemunhando a atração exercida pelo ocaso da realidade, desafiando tanto poderosos locais quanto instituições que não são bem o que eles imaginavam.
Em um misto de romance de aventura e narrativa psicológica, Maia constrói personagens brutalizados, mas absolutamente humanos, que buscam seu lugar no mundo.
Fonte da Sinopse: Companhia das letras
Tinha lido absolutamente nada da Ana Paula Maia. Para ser sincera, conheci a autora bem recentemente na minha vida leitora e fiquei de cara em saber que ela além de diversos livros já publicados (e traduzidos para outros países) é minha conterrânea de Nova Iguaçu. Maia também é a criada da série Desalma da Globoplay
Algum tempo atrás tinha comprado o livro Enterre seus mortos que ainda não tive a oportunidade de ler apesar de ter escolhido com uma das metas de leitura para 2021. Quando soube do lançamento do livro, decidi que iria solicitar pela Parceria do blog com a Editora Companhia das Letras.
Comecei a leitura De cada quinhentos uma alma sem muita pretensão e sem saber direito da sinopse. Eu sabia que seria um livro que falaria de pandemia, de uma doença que estava matando pessoas e ninguém entendia muito bem o que. E acho que isso foi o ideal para a minha experiência de leitura.
A leitura de De cada quinhentos uma alma
De cada quinhentos uma alma é um livro curto. A leitura é fácil sem muita enrolação e direto no ponto. Apesar de não ter muitas descrições a gente consegue imaginar os locais e situações em os personagens estão vivenciando.
O narrador é observador e então o livro é rico em diálogos o que deixa a leitura mais dinâmica. A história é bem viceral e não fica muito claro qual é o espaço-tempo em que ela está ocorrendo. O que deixa um pouco desnorteado.
O livro é o segunda parte de uma trilogia mas pode ser pode ser lido de forma independente. Enterre seus mortos é o primeiro e o terceiro ainda está para ser lançado. Os personagens De cada quinhentos uma alma já são velhos conhecidos para aqueles que acompanham a escrita da autora e podem ser encontrados em outros livros dela.
– É uma guerra contra o invisível, Bronco, e ninguém tem ideia do que é essa porra de vírus – diz Edgar Wilson.
De cada quinhentos uma alma, p.60
Eu curti bastante a leitura por ser rápida e fácil, apesar de achar algumas partes serem um pouco diretas demais. É um livro que tem uma narrativa e construção um pouco fora da minha zona de conforto literária, mas adorei muito conhecer e quero ler mais livros dela.
Recomendo muito para quem está querendo um livro de Romance Policial interessante e nacional e que quer conhecer autoras brasileiras que escrevem esse gênero.
Já conhecia Ana Paula Maia? Leu esse ou algum outro livro da autora? Deixe sua opinião nos comentários. Vamos continuar a discussão dessa leitura por lá
De cada quinhentos uma alma
Autor: Ana Paula Maia
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 112 | ISBN: 9788535927092
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Para ler: https://amzn.to/3f3p4TU
♥
Mil beijos e até mais.
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