Mil Dias em Veneza conta a verídica história de Marlena de Blasi, cozinheira e colunista gastronômica, que encontra o amor em Veneza. O livro fala como ela conheceu um estranho veneziano, se apaixonou e mudou toda a sua vida para ficar ao lado do seu amor. O texto narra a relação de duas pessoas totalmente estranhas e de culturas completamente diferentes, mostrando o dia-a-dia desse casal de meia idade apaixonado que parece estar vivendo uma eterna lua de mel.
“Refogo na manteiga e no vinho branco o peito de vitela, recheado e amarrado com barbante de algodão, e deixo-o descansar e esfriar em seu próprio caldo.”
Geralmente demoro a me inteirar sobre a história que estou lendo. “Sinto” o livro a partir do segundo capítulo, o que, na maioria das vezes, é quando a história começa a ter forma e ação. O antes disso é só para o leitor começar a se situar. Porém, em Mil Dias em Veneza, isso ocorre quase que nas primeiras páginas, o que me deixou um pouco atônita e sem entender com clareza o que estava acontecendo.
O gostoso de ler Mil Dias em Veneza são os momentos que, “literalmente”, saboreamos a narrativa. De Blasi descrevendo as refeições e os pratos que ela cozinha é de dar água na boca.
“No final das contas,Veneza é uma cidadezinha. E agora é a minha cidadezinha“.
Viajando com Mil dias em Veneza
Ler livros que descrevem lugares e as impressões do narrador e/ou personagem, geralmente, me despertam a curiosidade em conhecer. E essa história me fez querer visitar Veneza, porém, acho que com um olhar diferente do que poderia ter antes de ler Mil dias em Veneza.
De Blasi descreve o povo e os costumes italianos de forma bem realista. Poderia dizer que até de forma um tanto quanto negativa. Ao mesmo tempo que encantada, ela é muito crítica em relação a cultura italiana.
“E tampouco consigo imaginar como seria não me lembrar de como os italianos adoram uma complicação. Um pequeno drama, uma curta agonia: eles precisam disso diariamente. Com menos frequência , mas com frequência suficiente , anseiam por por um verdadeiro calvário”
Como uma futura bibliotecária, gostei muito da parte que ela fala sobre a Biblioteca Nacional de Veneza, mais conhecida como a Biblioteca Marciana, e a importância que esse espaço teve em seu vida. Foi lá que ela aprimorou o seu conhecimento na língua italiana e utilizou o material fornecido para entender os costumes e o povo veneziano, melhorando o seu relacionamento com a cidade.
“Eu passei mais horas dentro do espaço solene e úmido da biblioteca do que em qualquer outro lugar de Veneza, com exceção da minha própria cama no nosso apartamento ou da cama alugada no hotel ao lado.”
Ao final de Mil Dias em Veneza, você encontra as receitas dos pratos que Marlena de Blasi cozinhou ao longo da história e um Guia Romântico de Veneza que “foi publicado pela primeira vez na Revista The Algonkian, na primavera de 2002“
Não vejo a hora de poder comprar e ler “Mil Dias na Toscana” e saber da continuação da história de amor desse casal completamente diferente e completamente apaixonado.
Mil Dias em Veneza
Autora: Marlena de Blasi | Editora: Sextante
Páginas: 240 | ISBN: 9788575425602
Skoob | Goodreads
Para ler: https://amzn.to/2JOYJt7
♥
Mil beijos e até mais!
14 Comentários
Amanda Chieregatti
26 de janeiro de 2012 at 19:54Pelo jeito vc gostou mesmo do livro, hein!??
Eu já li e confesso que não gostei muito! Tive certa dificuldade para terminar a leitura… achei muito descritivo e cansativo.
Mas como vc ressaltou, achei bacana o fato de a autora disponibilizar as receitas no final do livro. São realmente de dar água na boca.
Beijos
Mandinha
/minhasconfissoesfemininas.blogspot.com/
Karin
26 de janeiro de 2012 at 20:22Amanda
Foi uma leitura bacana, não posso dizer que amei. Era um livro sem expectativa, mas de leitura agradável. Acho que foi uma boa escolha para começar essa maratona de leituras.
Beijos
Celle
26 de janeiro de 2012 at 21:16Oi, Karin 😀
Já ouvi falar que esse livro e o da Toscana tem descrições muito legais e bem feitas. Parece bem legal, pesar de não ser meu tipo de leitura. Acho que me daria fome demais, haha
Beijos!
Claudinha
26 de janeiro de 2012 at 22:57Nossa, o livro parece ser lindo, hein. *—–* Aliás, Veneza por si só já seria motivo pra ler… xD
Beijos
Karin
26 de janeiro de 2012 at 22:59Claudinha, eu tava no seu blog, lendo o post e você aqui lendo o meu
Rsrsrs
Mariana Silva
27 de janeiro de 2012 at 11:58Amei teu blog.
Beijos
Danielle
27 de janeiro de 2012 at 14:58Vou procurar e incluí-los na minha listinha para serem lidos,gostei bastante da descrição que fez dos livros.Pretendo ler essa semana A menina que roubava livros,caso não tenha outra opção de leitura.
Grande bj
Ana
27 de janeiro de 2012 at 18:17Oi Karin!
Não conhecia o blog ainda, adorei!
bjo
Karin
27 de janeiro de 2012 at 18:33Obrigada pela visita Carol
Cassia
27 de janeiro de 2012 at 21:08Na primeira vez que vi esse livro pensei que seria um romance, mas ainda bem que eu leio Sinopse, mas ele parece ser um livro interessante apesar de não fazer meu gosto literário
http://aleitoracassia.blogspot.com/
Karin
27 de janeiro de 2012 at 23:42Mas não deixa de ser romance. Conta uma história de amor. Acho que deixei de falar nisso na resenha
Tatá
19 de fevereiro de 2012 at 16:34A Marlena tem um jeito diferente de escrever, porque num primeiro momento até parece chato. Não li sobre Veneza, mas li Mil Dias na Toscana através do Clube do Livro. Acho que você vai gostar, mas é uma visão diferente, já que ela passa a viver no interior, em uma espécie de aldeia. E a Marlena é moderna né??? Rsrsrs. Mas as relações humanas que se estabelecem são lindas e emocionantes. Um livro para sentir.
Bjus
*Adorei o blog!
Karin
20 de fevereiro de 2012 at 08:46Marlena é moderna, mas abdica de tudo por Fernando. Assim que puder vou ler o Mil dias na Toscana.