MLDUM2012 Dia 09 – O que você acha dessa “moda” de livros virando séries? (É a favor? É contra? Não fede nem cheira? Diga o por quê.)
A prática de livros virando séries não é necessariamente uma “moda” recente, pois ao longo da história da literatura, muitos autores criaram sequências ou sagas para expandir seus universos ficcionais ou explorar mais profundamente os personagens e tramas. No entanto, nos últimos anos, pode ter havido um aumento na popularidade de sagas e séries literárias, impulsionado em parte pelo sucesso de algumas obras que seguiram essa abordagem.
Não tenho uma opinião formada ainda sobre os livros virando séries, toda hora um lançamento novo do mesmo universo e tal. Quando tem uma lógica para haver as sequências, tudo bem. Até curto. O problema é quando a ideia fica sem fim ou quando distorce totalmente o sentido do original, ou faz com que a história se perca no meio do caminho. Tudo tem um momento para acabar, vale o bom senso e quando já não mais necessidade de prolongar nada.
Apesar do que eu acho ou não, há algumas informações, vantagens e desvantagens que precisamos levar em consideração sobre o fenômeno de livros virando séries, histórias únicas que se tornam um universo seriado.
Vantagens e desvantagens dos livros virando séries
Vantagens:
- Exploração mais profunda: Uma saga permite que um autor aprofunde o mundo, os personagens e as tramas estabelecidas no livro original. Isso pode enriquecer a experiência dos leitores, que têm a oportunidade de se apegar ainda mais aos personagens e compreender a complexidade do universo criado.
- Maior envolvimento do público: Se os leitores se apaixonam pelo livro inicial, é provável que queiram mais desse mundo ou desses personagens. Uma saga pode satisfazer essa demanda, mantendo o interesse do público por um período mais longo.
- Sucesso comercial: Se um livro único alcança sucesso comercial, os editores podem ver a oportunidade de capitalizar essa popularidade expandindo a história em uma série, o que pode ser benéfico tanto para o autor quanto para a editora.
Desvantagens:
- Risco de estender demais a história: Nem todos os livros únicos são adequados para se tornarem sagas. Às vezes, a história original tem um arco completo e não precisa de continuações. Tentar estender a narrativa pode levar a tramas forçadas ou desnecessárias, que podem desagradar os leitores.
- Dificuldade de manter a qualidade: Manter o mesmo nível de qualidade ao longo de uma saga pode ser desafiador. À medida que a história se expande, é possível que alguns elementos se tornem repetitivos ou que a trama perca o foco inicial.
- Expectativas do público: Assim como nas adaptações, os leitores podem ter expectativas altas para continuações de livros que amaram. Se as sequências não atenderem a essas expectativas, alguns leitores podem se decepcionar.
Existem alguns exemplos de obras que começaram como livros únicos e após o sucesso se tornaram uma história seriada:
- Millennium (Stieg Larsson) – “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” foi o primeiro livro da trilogia de suspense e mistério, protagonizada por Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, que se envolvem em uma série de investigações complexas.
- Jogos Vorazes (Suzanne Collins) – “Jogos Vorazes” é o primeiro livro da trilogia, situado em um mundo distópico onde jovens são selecionados para lutar até a morte em um reality show cruel. Os outros livros da série são “Em Chamas” e “A Esperança”.
- As Crônicas de Nárnia (C.S. Lewis) – Embora os livros não sigam uma ordem cronológica, “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” foi o primeiro publicado, e a série de sete livros narra as aventuras de crianças que descobrem o mundo mágico de Nárnia.
Uma curiosidade bem bacana é que o fato de livros únicos se tornarem série ou sagas tornou a possibilidade também se de tornarem adaptações para o cinema ou séries de TV. Isso aumentou o alcance e a popularidade dessas obras.
No geral, transformar livros únicos em sagas pode ser uma decisão criativa e comercial válida, desde que seja bem planejada e a história tenha espaço para expansão significativa. O importante é que o autor e a editora tenham uma visão clara do que desejam alcançar com a saga e se têm ideias sólidas para continuar a história de forma envolvente e coerente.
Só acho que não fica muito legal quando saturam demais a história e a trama começa a perder o sentido e a gente perde o fio da meada e o encanto pela narrativa, personagens e o livro como um todo.
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